A religião e a vontade de ajudar a comunidade a ter uma qualidade de vida melhor deu início ao cooperativismo de crédito na América Latina há mais de 130 anos. Foi na pequena Nova Petrópolis, na Serra do Rio Grande do Sul, mais especificamente na comunidade de Linha Imperial, que o padre Theodor Amstad iniciou um trabalho para fomentar o cooperativismo junto à população e criou a primeira cooperativa de crédito, hoje chamada de Sicredi Pioneira.
Toda esta história está guardada em um museu na Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, que abriga a primeira agência externa de cooperativismo de crédito do país. “No cooperativismo, as pessoas se unem para evitar que outras ganhem sobre delas. Elas se unem para resolver problemas em comum”, aponta Tiago Luiz Schimdt, presidente da Sicredi Pioneira.
Imersão ao cooperativismo
Nova Petrópolis é considerada o berço do cooperativismo de crédito da América Latina. Neste fim de semana, a cidade recebeu jornalistas de diversas regiões de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, para que eles pudessem conhecer a fundo os benefícios que este sistema traz para toda a comunidade.
Foram dois dias de imersão e a categoria pode conhecer o sistema Sicredi, que hoje reúne mais de 100 cooperativas de crédito em vários estados do Brasil. “O maior desafio para o cooperativismo é combater o desconhecimento. Muitas pessoas não entendem que o cooperativismo financeiro é diferente de um banco”, explica o vice-presidente da Central Sicredi Sul Sudeste, Márcio Port.
As cooperativas de crédito possuem a maior rede de atendimento do país. São mais de 9,7 milhões de associados que contribuem para que os recursos arrecadados permaneçam como investimentos para as regiões onde moram. “As cooperativas estão abrindo agências principalmente em cidades pequenas. Elas são muito fortes onde as pessoas são muito unidas”, salienta Port.